Thaísea Mazza
Como primeira publicação neste blog, acho legal começar dizendo quem eu sou, de onde eu vim, para que fique mais claro o que estou fazendo aqui, certo?
Muito prazer, Thaísea Mazza Fernando, 24 anos, Ararense, aquariana (pra caramba), graduanda do curso de Teatro da UFU desde 2014, mas entrei na universidade em 2012, a princípio cursando História. Desde 2013, comecei a frequentar aulas do curso de teatro no COMUFU (aulas dos alunos de Estagio 3 para a comunidade em geral), disciplinas obrigatórias que puxei como optativas....e quando vi, estava mais no curso de Teatro do que em qualquer outro lugar. Importante dizer isso porque desde 2013 me engajei em um dos grupos de pesquisa do curso coordenado pela professora Vilma Campos, na área de teatro com máscaras, com foco na linguagem da commedia dell'arte. de 2013 a 2018 muitas águas rolaram, mas ainda continuo neste grupo (até eu me surpreendo com isso ás vezes... é um bocado de tempo...eu acho.)
Nos últimos tempos andei mexendo com teatro de animação, tropecei e caí dentro do grupo de pesquisa de formas animadas da UFU, coordenado pelo professor Mario Piragibe. No último semestre, estive como monitora da disciplina de Corpovoz I (ofertada no primeiro período), abri outra porta e cá estou dentro do grupo de pesquisa de Expressividade e Expressão Corporal, com a professora Renata Meira. Isso em pleno momento de TCC e estágio (sim, agora sou eu que estou dando COMUFU). Compulsividade por grupos de pesquisa? Pode ser...Não descarto essa possibilidade. O fato é que estes três grupos se interligam no que diz respeito a minhas intenções de pesquisa.
Meu foco de estudo dentro do Grupo de Expressão Corporal é estudar corpos que criei para algumas figuras que interpreto em trabalhos desenvolvidos atualmente. Apresentando:
- "SUJEITOS - O Som da Memória" é uma cena criada dentro da disciplina de Interpretação V, ministrada pela professora Ana Wuo. Através da mímeses corpórea, desenvolvi uma cena que fala da minha família, narrativas que vivem sendo contadas nas mesas cheias de comida e lembrança. Histórias que revelam trejeitos, raciocínios de outras gerações, reverberando neste corpo que transcreve as ações para um palco em 2018. Em 2017, retrabalhei esta cena na disciplina de Som, ofertada no curso de Artes Cênicas da UFSC, durante minha mobilidade nacional. Resolvi estabelecer uma paisagem sonora para a cena "Sujeitos", utilizando o som das gravações de vídeo da família Fernando nos anos 90. Para que o som tivesse maior foco, dilatei um trecho em que usava máscara, expandindo-o para todo o tempo da cena. A senhorinha que habita aquele lugar estabelece sua relação com o espaço, com as pessoas que a observam, durante os 15 minutos de sua vida no palco.
(registros pelo coletivo Maison Louise, na temporada realizada em sua sede, em Uberlândia MG)
- Pantalone e Tartaglia são dois velhinhos, bem diferentes, que compõem as figuras da trama de "Do fundo do Baú", espetáculo do grupo Teatral "Os Mascaratis". Costumamos dizer que este coletivo é uma fatia da pizza do grupo de Pesquisa em Máscaras (hum, deu fome...). Então estamos em cena, e meu corpo - de charlatona - ao colocar uma máscara, deve dar lugar a Pantalone, e toda a sua velhice velhaca, ranzinza, muquirana, falsa, e chata que dói. Quando sai de cena volto à minha charlatona, e lá pelas tantas do espetáculo, visto outra máscara e dou lugar a Tartaglia, um velhinho que de tão bobinho, chega a ser meigo, tão nervoso e inseguro que se atrapalha todo e revela a gagueira, assim é facilmente manipulado, caindo em muitas pegadinhas. Dentro de 1 hora de espetáculo preciso desdobrar meu corpo para que os velhinhos apareçam (sem contar uma terceira figura que ainda não entrou na pesquisa), sem que aos 45 do segundo tempo eu esteja esgotada, jogando a toalha.
(registros por Edu Silva, na estreia do espetáculo em Julho de 2017)
Como eu disse, ainda tenho outros trabalhos que gostaria de abordar aqui, como a questão da cena "Híbrida" - meu recente estudo sobre bonecos híbridos. No entanto, já são muitos focos. 1 passo de cada vez, Thaísea.
Então, essa sou eu, isso é o que eu faço, e estes são meus pontos de estudo dentro do grupo de pesquisa em Expressividade e Expressão Corporal. Pelas fotos acima, julgo que vocês já compreenderam porque eu estou neste grupo. O corpo é o instrumento de trabalho do ator, e a falta de consciência dele em cena é uma falta absurda, não? Quando crio meus corpos para as máscaras, e dentro de 3 minutos de cena, desmontei estes corpos, por falta de atenção, significa que o corpo não está trabalhando no conjunto, e para isso preciso me debruçar mais sobre esta área de atuação para que os papéis sejam bem desempenhados, O entendimento de abordagens como a Educação Somática a partir das Ternas desenvolvidas pela professora Renata Meira, trabalham o lado da expressividade, mas também o cuidado com o corpo, o que acredito ser importantíssimo para ser uma boa profissional.
Já falei demais, Daqui um pouco falo um pouco mais. Vou ficando por aqui.
Inté!
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- Pantalone e Tartaglia são dois velhinhos, bem diferentes, que compõem as figuras da trama de "Do fundo do Baú", espetáculo do grupo Teatral "Os Mascaratis". Costumamos dizer que este coletivo é uma fatia da pizza do grupo de Pesquisa em Máscaras (hum, deu fome...). Então estamos em cena, e meu corpo - de charlatona - ao colocar uma máscara, deve dar lugar a Pantalone, e toda a sua velhice velhaca, ranzinza, muquirana, falsa, e chata que dói. Quando sai de cena volto à minha charlatona, e lá pelas tantas do espetáculo, visto outra máscara e dou lugar a Tartaglia, um velhinho que de tão bobinho, chega a ser meigo, tão nervoso e inseguro que se atrapalha todo e revela a gagueira, assim é facilmente manipulado, caindo em muitas pegadinhas. Dentro de 1 hora de espetáculo preciso desdobrar meu corpo para que os velhinhos apareçam (sem contar uma terceira figura que ainda não entrou na pesquisa), sem que aos 45 do segundo tempo eu esteja esgotada, jogando a toalha.
(registros por Edu Silva, na estreia do espetáculo em Julho de 2017)
Revisito este vídeo às vezes... me faz lembrar que tudo é um processo. Uma metáfora do que fazemos nas terças a tarde.
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coreografia expressiva dia 04 de setembro de 2018
coreografia expressiva dia 11 de setembro de 2018
Encontro do dia 25 de setembro de 2018 pelo olhar fotográfico de Silvania
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